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O qué é mesmo Effectuation? E como isso pode me ajudar a empreender?


Think Market - Effectuation

Outro dia, eu e minha esposa, recebemos em casa um casal de amigos que está com um “bom problema”. Eles abriram um buffet há dois anos, o “Comidinhas & Cia”, direcionado para atender festas de aniversários e casamentos, porque cozinham bem e queriam complementar a renda com esse “hobby”.

Acontece que com a demanda crescente, eles precisam investir para atender os clientes com a qualidade e o nível de personalização que oferecem, mas precisam garantir também uma boa rentabilidade e folga para ter tempo à família.

Já investiram em geladeira, mesa, prateleiras e diversos utensílios, trabalhando sempre com uma margem de risco, ou seja, se as coisas não derem certo, não se perde tanto dinheiro (até porque muitos desses investimentos já se pagaram).

Nas minhas andanças como designer de processos tenho encontrado esse comportamento com muita frequência. O empreendedor tem um certo conhecimento / talento, uma boa rede de relacionamentos e decide transformar tais habilidades em negócios.

Trabalho com indústrias há mais de 20 anos e muitas empresas de médio e até grande porte se iniciaram quando o funcionário deixou a empresa em que trabalhava e passou a prestar serviço de manutenção, TI, programação CNC, entre outras, para a própria empresa que se desligou.

Esses empreendedores não buscaram uma necessidade ou lacuna no mercado, para oferecer uma solução inovadora (como ocorre com muitos empreendedores), eles apenas oferecem um serviço que sabem ser capazes de atender, com qualidade. Esse serviço é oferecido inicialmente a um amigo, vizinho, ex-chefe, que se “arriscam” a compra-lo, até como uma forma de amizade e suporte. Se o trabalho é bem feito a tendência é que esses primeiros clientes divulguem no “boca-a-boca”. E assim começa a história.

Quando estava cursando o mestrado assisti a uma palestra do professor Marcos Hashimoto que abordava o tema "Effectuation", um termo cunhado e disseminado pela professora Saras Sarasvathy, da Universidade de Virginia (EUA). De acordo ela os empreendedores começam um empreendimento seguindo uma sequência racional: (1) quem são: gostos e habilidades; (2) o que sabem: educação, treinamentos, habilidades; (3) quem conhecem: rede social e profissional. Essa abordagem organiza de forma processual as etapas muitas vezes intuitivas de desenvolvimento de um produto, serviço, ou mesmo de um novo empreendimento.

No site do professor Marcelo Nakagawa é possível encontrar uma ferramenta para utilização do Effectuation e também algumas dicas importantes:

- 99,9% das empresas do mundo começaram com "Effectuation", ou seja, o empreendedor começa fazendo aquilo que gosta e sabe fazer, vendendo para pessoas conhecidas.

- Dê um passo de cada vez (e não planeje toda a viagem). Essa mensagem está alinhada com o conceito de MVP (Minimum Viable Product) utilizada por empreendedores disruptivos, ou seja, o produto ou serviço pode ser preparado e entregue em etapas, para que seus clientes possam “testa-los” e fornecerem feedbacks. Assim é possível de forma barata entender se seu produto ou serviço pode resolver o problema de seu cliente. Se o feedback é bom, é possível investir mais um pouco, sempre trabalhando com um nível de perda aceitável, processo de aprendizagem rápido e barato.

Muitas empresas importantes começaram dessa maneira (Cacau Show, Brigaderia, Sabó, Honda, Zara, Black Dog ), com seu fundador praticando algo que sabia fazer, entregando para pessoas próximas, que recompraram e recomendaram para outras pessoas, fazendo a roda girar, até se transformarem em empresas bilionárias.

Ainda de acordo com o professor Nakagawa é preciso buscar inspiração nesses grandes empreendedores, porque pensar pequeno e pensar grande consome a mesma energia. Avante, empreendedores!!

Ah, e se gostou desse post, tem mais esperando para você ler. Acompanhe o nosso blog. Basta clicar aqui.

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